quinta-feira, 27 de maio de 2010

MENSAGEM AOS LEITORES - DE VOLTA AO FRONT VIRTUAL - REBECCA SANTORO E CHRISTINA FONTENELLE

Rio de Janeiro - Quinta-feira, 24 de dezembro de 2009


Antes de mais nada, gostaria de desejar a todos Boas Festas e um 2010 com muita disposição para trabalhar na conquista de nossos ideais e de um futuro melhor.
Por Christina Fontenelle

Caros leitores, amigos, colaboradores

Ao contrário do que possa ter parecido, eu jamais abandonei minha luta pela verdadeira democracia, pelo triunfo do bem e da verdade; e pela imprescindível liberdade de expressão, de labor e de ir e vir a que todos os seres humanos deveriam ter direito.

Não, eu não estava na valorosa e imprescindível luta virtual. Fui ao campo de guerra, sofri ferimentos, mas não perdi nenhuma batalha que fosse importante e necessária para levar exemplos de garra, de luta, de força de vontade, de patriotismo, de coragem de dizer o que deve e precisa ser dito, de perseverança e de altruísmo.

Estive, logo depois da mudança residencial de cidade, no início do ano, fazendo um curso , de agosto a novembro deste ano de 2009, na Escola Superior de Guerra – lugar que hoje, infelizmente, devo confessar, posso descrever, na minha opinião, como território de liberdades parlatórias cerceadas, como vigiado, e como onde já exista, digamos, uma indesejável grande quantidade de gente, ou condescendente com, ou sem coragem para mudar, a atual situação corrupto-caótica, esquerdopata e xenófoba anti-americanista em que se encontra nosso país - esta última, especificamente, provocada por pessoas que ainda não foram capazes de separar o povo norte-americano republicano e seus verdadeiros representantes no Congresso e no Governo, das mega-organizações internacionalistas, e, é lógico, de seus representantes, tanto republicanos como democratas, no Congresso e no Governo dos EUA.

Agradeço a todos que a mim me escreveram, durante o tempo em que estive ausente da rede; a todos que perseveraram em suas doações mensais e aproveito para agradecer também a todos que belas mensagens de apoio enviaram-me à época em que escrevi meu último texto, pedindo ajuda. Devo muitas mensagens de agradecimento que merecem especial referência particular. Preciso agradecer a muitos amigos, virtuais e não virtuais, individualmente. Ainda os escreverei a todos. Hoje, tenho mais de 14 mil mensagens na caixa de entrada de meu e-mail. É óbvio que não poderei ler todas. Por isso, peço a gentileza de que reenviem as que julgarem indispensáveis e as de cunho particular.

Finalmente, o site será reformado e modernizado, até que, a partir de janeiro, possa estar pronto para levar a todos bons artigos e excelentes informações. Espero que 2010 traga mais colaboradores, pois o financiamento pelos leitores é a maior arma que nós da mídia podemos ter para que nosso único compromisso seja com a busca incessante pela verdade e pelas informações que são ocultadas pela grande imprensa – e olha que, hoje eu sei, muito mais por uma questão de sobrevivência do que propriamente de ideologia e/ou de posicionamento. Espero, também, que haja cada vez mais adesões para o recebimento de newsletter, para que as notícias alcancem o maior número possível de leitores. O site, em inglês, também está nos planos, para que o mundo possa nos ouvir e conhecer melhor...

Voltando ao curso, devo dizer que fui expulsa da ESG, sob a justificativa de excesso de faltas. Meus colegas de curso, entretanto, sabem, perfeitamente, que houve pessoas que faltaram mais do que eu – e não por estarem agindo em benefício da ESG, como foi o meu caso, na maior parte das vezes em que tive que me ausentar (e, no final do filme abaixo, poderão saber um pouco melhor sobre isso) – nas quais não obtive um só abono, nem naquelas em que houve apresentação de atestado médico. Fui expulsa por discriminação político-ideológica mesmo – o que eu teria facilmente admitido como total e completo direito da Instituição, se tivesse sido esse o motivo declarado oficialmente. Coisa que não aconteceu.
Alguma vaga idéia da coisa toda será explicada ao final do filme que assistirão abaixo - que é longo, eu sei, merecendo, porém, ser visto com cuidado. Entretanto, há muito mais o que ser contado sobre este episódio da minha vida, cujo sofrimento só me fez ter mais certeza ainda daquilo que desejo e pelo que lutarei até o fim.

Enfim, foi por isso que fiquei sem escrever durante algum tempo, e mais algum para me recuperar de todos os golpes que me atingiram durante aquele período. O resultado, falando apenas no que veio a ser física e visivelmente manifestado, foi um distúrbio psicossomático que me fez reter líquidos em excesso (4 Kg de peso ganhos, em 1 mês, somente por isso), que causou feridas e coceiras nas mãos e nos pés e, posteriormente, queda excessiva de cabelos. Ainda hoje estou em tratamento. 
Aos colegas de curso, especialmente,

Devo dizer que, já nos últimos dias de curso, recusei-me a fazer minha defesa por escrito – pois tinha e tenho material comprobatório para isso, inclusive tendo recebido faltas em dias nos quais estive presente nas aulas (*) – já que esta tenha sido a única forma a mim oferecida como a que seria válida e aceita. Recusei-me porque, para isso, teria que citar,  por escrito, todos os que tivessem tido mais faltas do que eu, todos os que tivessem passado o curso todo 'na internet' (completamente 'não estou nem aí...') e todos para os quais houvessem sido abertas exceções com horários de chegada, de saída, além de licenças para viagens de trabalho. Também teria que revelar os nomes daqueles que seriam, digamos, radicais no sentido de como eliminar os ‘inimigos’ - que, no caso, seriam os corruptos, os empresários, os grandes produtores rurais, 'gente desse tipo', como costumavam expor, à boca pequena, é claro, aqueles cujo livro de cabeceira ainda é o velho O Capital, de Karl Marx. Além disso, teria que citar aqueles que tivessem cometido irregularidades disciplinares descritas nos códigos militares (e elas aconteceram), além de ter que escrever o nome da pessoa que disse ao sub-comandante da Escola ter-me   enviado comunicado/aviso preventivo, por escrito, por ter atingido os 3% de faltas – o que JAMAIS ocorreu - e que foi a mesma que nunca levou ao conhecimento do sub-comandante e do comandante que, à certa altura, eu tivesse pedido para que me houvesse sido dada a opção de requerer o meu afastamento do curso – na medida em que o que eu não suportava era ser alienada do mesmo por faltas (já que estas haviam ocorrido por estar eu, na maioria absoluta dos casos, trabalhando pela ESG e já que eu não havia tido nenhuma outra falta qualquer abonada – uma justificada com atestado médico, outra com orçamento de oficina por ter tido o carro quebrado no caminho para a Escola e outra por ter comparecido à missa pelo falecimento do pediatra de meus filhos (amigo de mais de 16 anos), sendo que, nesta última, somente pelo período da manhã). Aliás, raríssimas foram as vezes em que tenha faltado o dia todo.

Mas, algumas pessoas, talvez por saberem exatamente o que haviam feito comigo, convenceram-me a fazer uma tentativa não tanto radical... Assim sendo, para evitar maiores e mais e mais constrangimentos, concordei em assinar um documento no qual 'pedia' para continuar no curso, como ouvinte, mesmo sabendo que não receberia certificado no final do mesmo. Assim procedi para que não tivesse que prejudicar ninguém, e, talvez, quem sabe, para que pudesse ter a oportunidade de mostrar à turma que os ideais, a lealdade, a perseverança, a abnegação e o altruísmo fossem valores que precisassem ser cultivados e incentivados (e o são, na minha opinião), COM EXEMPLOS e ATITUDES, e não só com palavras. De que teriam valido minhas atitudes de enfrentamento, de coragem de dizer a verdade, de reagir ao que, a mim pelo menos, perecesse errado, se, na hora em que tivesse que suportar o exercício do sacrifício, eu simplesmente tivesse colocado meu orgulho, minha raiva, meu ego em primeiro lugar? Não. Eu precisava mostrar ao grupo que servir e se sacrificar pelos outros deve fazer parte da vida daqueles que têm autoconfiança, que acreditam no que fazem e no que possa haver de corajoso e de valioso nos seres humanos.

Nesse meio tempo, entre espera resposta daqui, aguarda procedimento dali, o comandante da ESG ordenara a minha retirada da Escola - sem que, naturalmente, absolutamente uma única só palavra a respeito disso me tivesse sido comunicada. O que somente aconteceu quando faltavam nada mais do que 5 dias para o término do curso.
Tanto é assim que foi por 'pura e santa intuição' que não tenha comparecido ao momento da foto oficial de turma e da cerimônia à Bandeira - coisa que a mim foi cobrada pelo comandante, para minha enorme surpresa, na reunião que tivemos no último dia em que estive naquela Escola, que,  ao ter-me visto ao final do café da manhã coletivo naquela oportunidade, interpretou como se tivesse se tratado de ato desafiador de minha parte às suas ordens.
Enfim, ao saber daquela decisão do comando da ESG, é lógico, pedi audiência com o subcomandante e com o comandante. Afinal, queria eu saber, o que poderia significar aquele tratamento que a mim dispensavam, o que poderiam eles não estar sabendo e/ou mesmo sabendo de forma distorcida. Pois bem, durante minha audiência somente com o subcomandante, primeiro, e, três dias depois, com ele e com o comandante da ESG,  pude dizer aos mesmos tudo o que pensava sobre o que se passava com as FFAA, com a Escola, com a hipocrisia disciplinar, aplicada com diferente rigor, entre uns e outros, e na qual, muitas vezes, alguns se escudavam para simplesmente não fazer o que devesse ser feito. Pude falar da vergonha que sentia das FFAA pela falta de reação às calúnias que se professam a respeito do Contragolpe de 1964; pela entrega de medalhas a conhecidos terroristas; pela submissão à realidade corrupto-esquerdopata que se instala no país; e pelo fiel e voluntário descumprimento à Constituição no que diz respeito ao juramento de manter a liberdade, a democracia e a integridade constitucional e territorial de nosso país – diante de um visível, inegável e contínuo aviltamento de cada um destes itens, já a alguns governos, mas principalmente neste último.

Ao ouvir que as FFAA deveriam ser apolíticas e não ter ideologia, aterrorizada, fui obrigada a dizer que, em sendo assim, passaria a lutar para que o povo passasse a ter direito de eleger aqueles a quem permitiria portar as Armas e usar fardamentos das FFAA, já que, o mínimo que se esperava das mesmas era de que tivessem, sim, compromisso POLÍTICO e IDEOLÓGICO constitucionalmente estabelecido com a DEMOCRACIA e com a LIBERDADE, como sempre havia sido demonstrado haver na História de nossas FFAA.

Disse também ao comandante da ESG, como a mim me fora imputado, que não julgava ter cometido erro nenhum durante a aula inaugural, com as observações que fiz, porque eu penso que quem sobe ao púlpito como mestre tem a obrigação de respeitar a inteligência e o nível de informação de sua platéia, não devendo, de forma alguma, falar sobre o que não sabe e/ou dizer coisas que possam vir a ofendê-la, por parecer achar que esteja diante de pessoas que não considera inteligentes, bem informadas e capazes de raciocinar.


Assim sendo, considero dever incondicional do ouvinte informar ao professor sobre aquilo que se pense, que se saiba, com boa argumentação, para que o mesmo se reoriente em relação ao rumo que deva dar a sua aula. Ou seja, quando este tipo de situação acontece, o ofendido é quem está na platéia e é quem tem o dever de informar ao mestre para que este tenha a oportunidade de transformar sua aula. Ao contrário, ofendendo, sim, ao mestre, estarão aqueles que não lhe derem essa chance, por estarem, preconceituosamente, duvidando de sua capacidade, de seus conhecimentos e por estarem lhe roubando a oportunidade de ensinar o que de melhor possa ter para fazê-lo.

Aproveitei para falar sobre a oportunidade que se perde ao não se permitir que material intelectual, especialmente os produzidos por militares, seja oficialmente comercializado, principalmente em ambientes acadêmicos, nos quais, obviamente, está concentrado o público mais interessado em assuntos que geralmente são específicos. Vender este material onde? Nas Bienais? Não me parece uma regra disciplinar inteligente. Penso que, em cada unidade militar do país, devesse haver uma loja que pudesse vender lembranças, brindes e principalmente material intelectual. Isso geraria renda, promoveria propaganda e patriotismo e poderia vir a dissipar pontos de vista pouco conhecidos sobre vários temas, já que a indústria editorial privada quase não se interessa por este tipo de literatura. Achei que seria bom deixar esse meu ponto de vista bem marcado, uma vez que havia citado, em puro instinto de defesa, que, se os princípios disciplinares, insistentemente alegados para o meu desligamento (no caso, as faltas) fossem tão inalienáveis em relação ao meu caso, também, e muito mais, o deveriam ser em relação a aqueles que deveriam dar o exemplo.


Como se isso já não tivesse sido o bastante, estes mesmos que o exemplo deveriam dar e que somente de alguns exigiam 'tanta inquebrantável disciplina regulamentar' tenham sido aqueles que simplesmente ausentaram-se do curso, acompanhados por um dos próprios estagiários, por cerca de 4 dias inteiros - o que, por si só já seria suficiente para reprovar este estagiário, também como a mim era alegado, por excesso de faltas, principalmente, se estas tivessem sido (e não foram) suas únicas ausências ao longo do curso. Por acaso este aluno viria a ser, também, retirado do curso? É claro que não - como não o foi. E nem era de meu especial interesse que ninguém o tivesse sido, na medida em penso terem todos feito o melhor que lhes estivesse ao alcance, como eu mesma o o tenha feito, para fazer um bom curso.
Entretanto, é engraçado como pessoas que estufam o peito e apontam seus dedos com tanta facilidade para os supostos erros de outras sintam-se tão ofendidas quando o mesmo acontece com elas - apesar de saberem não ter razão, nem no que tenham feito, e muito menos para que venham a se melindrar. Porém, ao contrário, fazem-se de vítimas, de injustamente atacadas, por aqueles que simplesmente tenham dito a verdade, de modo a transformarem este último num monstro. Não, não há monstruosidade nenhuma naqueles que estejam se defendendo, honestamente, do que julgam ser a prática de uma injustiça contra si, principalmente quando não puderem ter contado com o apoio, com a presença, nem ao menos com a possibilidade de terem tido um tempo para dialogar, com aqueles que, hoje, se fazem de vítima, durante todo o processo que tenha acabado resultando numa situação extremamente desagradável, constrangedora e que tivesse podido, com um mínimo de diálogo, de honestidade e de previdência, ter sido evitada.

Da mesma forma, aproveito para dizer aos colegas que não pude comparecer ao churrasco de fim de curso, por estar em reunião com o comandante da ESG, em horário incompatível, e que, igualmente, não pude comparecer à cerimônia de formatura por estar proibida de pisar em solo esguiano. Mas, enviei alguns recados por colegas, que não sei se chegaram a ser repassados. De qualquer forma, ao ler o discurso proferido pelo orador da turma durante a cerimônia, e que suponho ter sido aprovado por todos, pude perceber que fui especialmente homenageada na parte em que dizia: “E se, em algum momento do presente ou do futuro, alguma voz dissonante, se levantar contra a Escola ou contra as pessoas honradas que aqui labutam diariamente em prol da pátria, 28 vozes uníssonas se levantarão na defesa da verdade, da honra e da dignidade com que esta casa vem desempenhando seu glorioso papel na História do Brasil”.

Gostei especialmente da precisão do número 28 – 28 vozes – o que, honesta e evidentemente, me exclui do grupo (que, comigo, era de 29 alunos), mas, ao mesmo tempo, lembra a todos de minha passagem por ele. Graças a Deus! Porque, minha voz dissonante levantar-se-á, sim, se for para o bem da Escola, para o bem do Brasil e para o bem dos que por ela passarem; se for para que os que não ajam com coragem e com empenho pelo bem da mesma nela não permaneçam; se for para que nela sejam feitas todas as mudanças necessárias a fim de que na mesma possam voltar a conviver a verdade, a justiça, a liberdade e o compromisso com a descrição honesta das realidades nacionais; se for para que psicólogos e professores que, por acaso, quem sabe, possam estar recebendo diárias anuais acima da média de todos os que por lá trabalhem, não sejam talvez os olhos e as vozes que possam estar decidindo quem fica e quem não fica na Escola; e, principalmente, se for para livrá-la de todo e qualquer aparelhamento e patrulhamento político-ideológico, pois concordo plenamente que 'esta casa', em tempos passados, tenha realmente, 'desempenhado seu glorioso papel na História do Brasil'.


Quanto à parte que fala sobre as “vozes uníssonas”... que “se levantarão na defesa da verdade, da honra e da dignidade com que esta casa vem desempenhando seu glorioso papel na História do Brasil”, fico pensando... Será que vozes que não tenham sido capazes nem de se levantar para defender ou para protestar contra o que se passava comigo, que era visivelmente injusto, por ter sido simplesmente notório o fato de que havia quem tivesse faltado mais do que eu ao curso... (Está certo, nem eu valia à pena nem a causa era tão grande e importante assim como a de uma defesa da ESG)... Mas que era uma causa tão pequena e tão próxima, serão capazes de se levantar para defender grandes causas? É que grandes causas exigem comprometimento que, certamente, resultam em conseqüências, que podem nem sempre ser fáceis de lidar... Sei que é difícil escrever discursos...

Saibam que, EM TODOS OS MOMENTOS em que estive no curso, fui, DE TODAS AS FORMAS, solidária a vocês, até mesmo quando não tinha condições, nem pessoais nem financeiras de o ser, particularmente com o orador, divulgando e defendendo suas habilidades e conhecimentos como historiador, bem como sua palestra registrada em DVD. Lamento, portanto, não ter recebido nem um único telefonema, nem um único e-mail de solidariedade de absolutamente ninguém. Certa vez, durante nossa viagem a São Paulo, surpreendi um colega de classe falando mal de minha pessoa, em voz alta, com um dos dirigentes do grupo, dentro do ônibus - o que, certamente, fez com que muitos que lá estivessem pudessem ter ouvido tais comentários. Talvez, quem sabe, possam ter-lhes dito coisas a meu respeito que, fora de contexto, tenham lhes feito fazer juízo errado a respeito do que quer que tenha feito e/ou dito, quando estive na presença do subcomandante, na do comandante da ESG e até em outras ocasiões...

Costuma-se muito atualmente dizer que sobre fatos há sempre pelo menos três verdades: a de um lado, a de outro lado e o que realmente tenha acontecido. Não concordo. Fatos são fatos e por trás deles só há uma única verdade – aquilo que realmente aconteceu. O que varia sobre um mesmo fato são as versões dos que nele estiverem envolvidos. Essas sim podem ser várias. Mas, se bem apuradas e bem investigadas, dentro de condições normais e sem trapaças, provas concretas e circunstanciais acabarão por fazer prevalecer aquela versão que mais se aproxime do que quer que realmente tenha acontecido. Verdade está relacionada a fatos, a provas; versões relacionam-se a pontos de vista pessoais sobre fatos. Jamais se deixem iludir por esta falácia que pretende relativizar a verdade, sempre com propósitos ilícitos de favorecer esse ou aquele, isso ou aquilo.

Não guardo mágoas porque quem deve julgar as pessoas é Deus e porque realmente acredito na capacidade humana de mudar para melhor... Porque é assim que eu gostaria que fizessem comigo... Porque provoca doenças... Porque considero tratar-se de pobreza de espírito... Porque simplesmente falo o que penso, na frente das pessoas e não por trás delas, o que penso tratar-se de falsa polidez, covardia e falta de amor pelo próximo - com raríssimas ocasiões em que se devam abrir exceções...

 Guardo boas lembranças, também, da ESG...
ESTES FILMES (1 A 5) ESTÃO RELACIONADOS AO ARTIGO QUE TRATA DO PERÍODO EM QUE ESTIVE NA ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA (ESG) FAZENDO UM POUCO MAIS DO QUE O CURSO DE LOGÍSTICA E DE MOBILIZAÇÃO NACIONAL.
São um conjunto de 'reflexões' a respeito de nossas vidas que poderiam expressar o que eu passei e senti em minha estada na ESG. É longo, mas vale à pena. Ao final, há um texto. Mas, para que tudo pudesse ser muito bem explicado, só transformando em livro - não caberia em outro formato.

Da primeira cena que vi naquela Escola, que foi a do soldado Leonardo discursando, em sua despedida. Bendito foi aquele pronunciamento que se atreveu, no bom sentido, é claro, a fazer um paralelo entre um pensamento do filósofo Sócrates e um trecho de um dos Salmos bíblicos. Foi muito emocionante e muito acertado...
Do incentivador, misericordioso e brilhante discurso do Tenente Coronel Barroso para um determinado palestrante. Discurso que aplaudi de pé – sozinha evidentemente. Entretanto, ainda bem, depois das curtas palavras do emocionado palestrante, todos também aplaudiram de pé...
Da gentileza, da solidariedade e da inteligência do Sargento Alexandre... Da boa vontade do soldado Dias...
Da paciência e da sensibilidade do Tenente Coronel Esteves...
Da solicitude do Coronel Freire...
Da atenção e do apoio do Coronel Barros Moreira, embora possamos ter discordado um pouco sobre formas e meios, já no finalzinho de meu suplício naquela escola...
Do carinho e da atenção do João Paulo, por quem tinha especial carinho devido à sua semelhança com meu irmão mais novo, e a quem também admirava, principalmente por causa da sensibilidade...
Daqueles que admirava: Barroso, Medina, Robmilson...
Daqueles cujos sorrisos me animavam: Rodrigo e Borges
Do pessoal da limpeza e do cafezinho que com tanto carinho me tratava...
Da Sra. Maria Eliza, de quem não tive oportunidade de me despedir, mas de quem, diariamente, procurava saber notícias e enviar recados de que estaria disponível para ajudar no que quer que precisasse. Não sei se ela jamais ficou sabendo disso...
Do herói rebelde, do rebelde útil, que foi o nome pelo qual passei a chamar o admirável CEL. CELESCUEKCI, do DEA, e de seu companheiro de palestras - os dois homens sérios, brilhantes e gentis... Que foram testemunhas de grosserias explícitas a mim dirigidas, mas que foram capazes de ficar ao meu lado e de, ao final do dia, deixassem, para que levasse no meu coração, palavras de solidariedade... E do passeio de helicóptero, é claro...
Dos inteligentes, solícitos, receptivos e educadíssimos funcionários civís e militares de Aramar...
Do Major Mariano, que veio de Manaus ao Rio de Janeiro, para nos brindar com uma excelente palestra e com raras atitudes de gentileza e de solidariedade que só grandes homens são capazes de ter...

(*) Na aula do Cel. Freire, por exemplo, cuja minha presença na mesma foi confirmada, pelo próprio, ao subcomandante, levei falta em 7 tempos. 

FORÇA E CORAGEM – QUANDO A REALIDADE BATE À NOSSA PORTA...


Por Rebecca Santoro
7 de maio de 2009

Não tenho escrito muito e nem publicado os artigos de terceiros - tão importantes - que tenho vindo sempre divulgando. Parei um tempo para refletir sobre a realidade. É, chega uma hora em que ela é implacável e finalmente bate à nossa porta cobrando decisões inadiáveis. Chegou a minha. Pedi um tempo. A Realidade está parada em frente à minha porta, de braços cruzados, porém sem muita paciência, esperando para ouvir o que tenho a dizer sobre as decisões que terei que tomar. Encostei a porta e, neste momento, atrás dessa porta, olho para minha casa, para meus familiares, para minhas coisas. Filmes da vida inteira me vêm à mente. Rezo, peço sabedoria. Confronto-me com o que sou e com o que, talvez, terei que extirpar de dentro de mim, a um custo altíssimo, diga-se de passagem, para continuar minha caminhada pela vida.


Certo estava Jesus (que grande novidade!) que, ainda que muito mal interpretado até hoje sobre sua atitude neste episódio, disse para um homem que lhe perguntara o que deveria fazer para lhe seguir, que este deveria vender tudo o que tivesse e deixar sua família para trás. O homem, entristecido, se foi, pois não teria como fazer aquilo que o mestre lhe dissera, para lhe acompanhar em suas peregrinações. Tem gente, até hoje, que pensa que Jesus estivesse dizendo que só poderia estar a seu lado aquele que se dispusesse a não possuir bens terrenos e nem apegos familiares, porque estas coisas seriam de importância pequena, sem valor espiritual elevado. Errado. Sabiamente, Jesus estava a dizer, em poucas palavras, que, para estar a seu lado, fisicamente, no combate que estava a travar, o homem cujos bens e familiares dele dependessem para sobreviver, física e espiritualmente, não poderia estar inteiro no ‘combate’ e nem livre para fazer o que tivesse que ser feito. Isso, entretanto, jamais significou dizer que não se pudesse estar espiritualmente a seu lado, seguindo os ensinamentos do Mestre, mas na missão que possam e que devam cumprir os homens com bens e com famílias. Se fosse hoje, talvez, Jesus dissesse ao homem: ‘cada um no seu quadrado’, cada um fazendo com presteza a parte que lhe cabe.


Também me lembrei de uma pregação do Padre Fábio de Melo (assista vídeo abaixo), no programa semanal DIREÇÃO ESPIRITUAL, na qual ele contava uma parte de sua própria estória de vida. Falava, então, a respeito de exorcizarmos certas memórias do passado que nos fazem sofrer, tendo a coragem de falar sobre elas. Contava o Padre Fábio sobre uma passagem em que, atravessando um momento de grande pobreza, ele e sua família – pai, mãe e sete filhos – haviam ido morar numa cidade nova, para tentar a vida. Mais uma dessas cidades pequenas, como tantas das que tínhamos e que hoje ainda temos por este Brasil a fora.


Não tendo quase nada para comer em casa e não podendo ir aos mercadinhos da cidade, ele, então com uns 14/15 anos, e sua mãe, foram procurar um sítio onde houvesse máquinas de arroz, que vendia o produto, exposto em sacas, em porções avulsas. Na casa de venda, havia várias sacas, cada uma com um tipo de arroz. Talvez nem o mais barato desse para comprar em quantidade suficiente para levar para casa e alimentar toda a família. Entretanto, numa daquelas sacas, havia um tipo de arroz com grãos muito pequenos, talvez porque estivessem quebrados e esfarelados, cujo preço a mãe do Padre poderia pagar para levar para casa pelo menos uns 5 kg do produto – era muita gente para alimentar. Ela olhou para o vendedor que lhe atendia e a ele pediu que embrulhasse a quantidade que desejava. O homem, inocentemente, perguntou: “É para alimentar os porcos?”. Padre Fábio disse que, na ocasião, morreu de vergonha da própria condição de sua família e da atitude de sua mãe, que, olhando o homem nos olhos, lhe disse: “Não. É para nós comermos mesmo”. De tão sem graça e comovido com a situação, bem como com a sinceridade daquela até então desconhecida senhora, o vendedor lhe deu o que pedira, mas também lhe ofertou, gratuitamente, um saco com um punhado de um arroz de boa qualidade. Padre Fábio levou mais de 20 anos para conseguir contar esta estória para alguém e o fez durante uma missa que rezava em sua cidade natal – Formiga (MG).


Durante muito tempo, confessou Padre Fábio, lembrou daquele acontecimento com imensa tristeza, até que pôde perceber a lição daquele momento: como é que a coragem pode fazer a diferença em determinadas ocasiões e o quanto podemos perder se não a tivermos. Quanta diferença pode haver em dizer a verdade, de cabeça erguida, deixando a vergonha (quando realmente não há motivo real para que ela se apodere de nós) de lado. O quanto pode ser possível usar os meios certos para se conseguir aquilo que se deseja e/ou aquilo que é preciso. Há tantos que usam a frase “os fins justificam os meios” para se livrar de culpa por algo de errado que se tenha feito ou para dar “nobreza” a práticas atrozes...


Lembrei da minha trajetória de vida. Das dificuldades. Das conquistas. Dos sonhos. Lembrei dos que me deram oportunidade – todas, Graças a Deus, aproveitadas. Recordei daqueles cujas vidas pude ajudar, de um jeito ou de outro.


Lembrei de muitas coisas. Mas, a Realidade ainda está lá fora, apressada, esperando minhas respostas...


Tenho tido tanto apreço pela verdade em tudo o que publico, em tudo o que produzo, em tudo o que tento passar adiante para as novas gerações, conversando com os jovens estudantes de hoje. Eles são muito mais espertos e inteligentes do que possa parecer. Têm sede de verdade. Já perceberam o mundo de mentiras e de incongruências que lhes tentam empurrar goela abaixo. Voltando... Por que tenho tanta dificuldade em dizer a verdade sobre mim, sobre minhas condições de trabalho e do quanto preciso de ajuda para continuar?


Lá no meu site, já há bastante tempo, há um link na barra lateral – FAÇA A SUA PARTE – que leva a uma página dentro da qual eu redigi um texto completo falando sobre a necessidade da ajuda e da união de todos aqueles que pretendam ver o Brasil liberto da esquerdização internacionalista, liberto da esquerda corrupta que nos governa. Portanto, não vou repetir o que gostaria que todos fizessem a gentileza e tivessem a paciência de ler ou de reler AQUI. Mas, leiam tudo, até o fim.


Não. Eu não sou miserável e, devo reconhecer, tive e ainda tenho condições de vida muito melhores do que a maioria dos brasileiros. Mas, o fato é que não tenho mais condições de manter meu trabalho sozinha e sem nenhuma ajuda financeira. Minha luta, assim como a de tantos outros brasileiros, pela nossa liberdade e pelo nosso pleno desenvolvimento como país e como nação, não pode ser genuinamente travada se continuar a ser encarada por tantas testemunhas como se um hobby fosse. Nunca o foi, pelo menos para mim.


Muitos, eu sei (talvez a maioria), dos que travam a mesma batalha possuem outras fontes de renda e/ou vivem o mesmo dilema que eu, tendo que dedicar grande parte do tempo a outras atividades remuneradas. Apesar de não possuir nenhuma outra fonte renda além da que vem do salário de meu marido – que há muito já não é suficiente para sustentar a família com padrão de classe-média (média mesmo, sem grandes luxos) – e de poder contar com alguma ajuda de meus pais e de meus sogros, insisti no ‘chamado interior’ de continuar lutando para levar a verdade a todos a quem ela pudesse chegar. Porém, agora, estou no limite do suportável.


Não dá mais para continuar a não conseguir colocar nenhuma contribuição financeira dentro de casa, nem mesmo a que já seria necessária para sanear as despesas que tenho com o trabalho que venho fazendo já há alguns anos. Não me arrependo de nada. Gostaria de continuar nesta luta, de muitos a ela agregar e de muito poder expandi-la. Por isso, enquanto a Realidade espera lá fora, impaciente, minhas respostas, resolvi tomar coragem para expor a situação, publicamente, a todos, e para pedir a ajuda daqueles que quiserem e que puderem, fazendo doações, colocando anúncios no site, etc. (instruções AQUI - Lembro que é importante ler tudo o que lá está escrito).


Não. Eu não sumirei do ‘mapa’ e nem deixarei de continuar escrevendo aqui e ali, publicando o que der, e quando der, se a ajuda não chegar (e ela precisa ser permanente, é bom lembrar). Continuarei recebendo e lendo e-mails (e respondendo, na medida do possível, ainda que com atraso, a todos os que a mim se dirigem, com questões, com pedidos, com denúncias, etc.).  Porém, nem ao site IMORTAIS GUERREIROS e nem ao livro público, de Christina Fontenelle (que já está no oitavo capítulo, há séculos, por falta de tempo e de dinheiro) poderá haver a dedicação necessária para que se trate de um trabalho atualizado e realmente engajado na luta pela verdade e pela liberdade neste país. Assim, calando, um por um, a todos nós, covardemente, com chantagem financeira, a esquerdalha corrupta tomará conta de tudo e de todos, até que testemunhemos as conseqüências de termos tratado como ‘hobby’ uma luta que deveria ser encarada com a maior seriedade – HOJE, AGORA – no futuro de nossos filhos e de nossos netos.

Cada linha abaixo é um link para os temas que dizem respeito à marolinha de Sua Excelência, o presidente Lula...

Marolinha News

24 de Março de 2009

Cada linha abaixo é um link para os temas que dizem respeito à marolinha de Sua Excelência, o presidente Lula...