quinta-feira, 28 de agosto de 2008

GOVERNO DEBATERÁ PUNIÇÃO A MILITARES POR TORTURA

O inimaginável vai acontecer neste país, se a Justiça e aqueles que defendem os preceitos constitucionais não fizerem NADA e continuarem a achar que estamos a viver num estado de direito democrático. Não estamos. Além de policialesco (que é mais estúpido do que o policial, por só perseguir os inimigos de classe e de governo), o estado brasileiro está tomado por uma horda de governantes corruptos, sociopatas e vingativos - que não vão sossegar enquanto não praticarem suas vinganças pessoais contra aqueles que os derrotaram na esfera militar. Antes tivessem aqueles militares agido como agem estes comunistas - os de ontem e os de hoje -, que simplesmente matam ou 'justiçam' seus inimigos e não estariam, hoje, a se debater com a impensável defesa da mera realidade contra a estúpida tergiversação sobre a mesma. Já passou da hora de se colocar um ponto final nessa etapa de nossa história, para o bem do Brasil - coisa que, aliás, está longe de ser o interesse dessa corja que hoje nos governa.



Rebecca Santoro



O Globo Online


24/07/2008



BRASÍLIA - O governo está perto de discutir oficialmente a possibilidade de punição civil e penal para militares que torturaram e mataram os opositores do regime durante a ditadura. O tema será assunto do seminário "Limites e possibilidades para a responsabilização jurídica dos agentes violadores de direitos humanos durante estado de exceção no Brasil", que ocorrerá no próximo dia 31, no Ministério da Justiça. A iniciativa é da Comissão de Anistia, que julga casos de reparação econômica para perseguidos políticos. É o que mostra reportagem de Evandro Éboli na edição desta sexta em 'O Globo'.



O ministro da Justiça, Tarso Genro, que já defendeu publicamente punição para torturadores, participará do debate. O ministro da Secretaria de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, também pró-julgamento dos militares, vai estar na mesa central da discussão. O presidente da Comissão de Anistia, Paulo Abrão, admite que o assunto é polêmico, mas afirma que é dever do governo e de sua comissão debaterem o tema.



- A esta altura da democracia, não pode haver temas proibidos. É dever do Ministério da Justiça, diante dos inúmeros relatos de atrocidades, fazer essa discussão - disse Paulo Abrão.



O presidente da comissão defende que os militares que cometeram atos de tortura sejam julgados e condenados.



Para debater o tema, foram convidados juristas contra e a favor da tese de punição para os militares, familiares de desaparecidos políticos, advogados, professores e ex-perseguidos políticos. Nenhum militar que atuou naquele período foi convidado. Abrão afirmou que a presença de algum desses oficiais transformaria o debate numa discussão política.

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