quinta-feira, 28 de agosto de 2008

SOBRE SUPOSTA VINGANÇA DO PLANALTO CONTRA GENERAIS: NADA OFICIAL AINDA

Por Rebecca Santoro

12 de maio de 2008

Minha caixa de entrada de e-mails está cheia, repleta. Vou filtrando um e outro e-mail e tentando formar um quadro mais esclarecedor sobre a notícia de que o General Heleno, o General Carvalho e o General Madureira poderiam estar sofrendo, digamos, uma espécie de punição por parte do governo federal de Lula, cada um por motivos diferentes, em forma de transferência de função e de localidade onde servem. Não, a notícia não está sendo fácil de confirmar, inclusive com os próprios “atingidos”. O clima não é bom para ninguém: nem para os militares, nem para os jornalistas, nem para os brasileiros mais conscientes da gravidade do momento pelo qual atravessa o país.


Entre as correspondências recebidas por mim, há manifestações em defesa do General Heleno assim como também manifestações de indignação e de preocupação com Roraima, com as pessoas que moram lá e com o país – todas serão publicadas em seguida. Mas, há também informações de que a estória toda da exoneração dos generais não passaria de uma espécie de mal-entendido, talvez por má interpretação de informação recebida.


De acordo com esta última versão da estória, o que ocorre é que estariam para ser abertas duas vagas de general quatro estrelas nas próximas promoções. Isso porque dois generais iriam para a reserva, em função da idade limite para a permanência na ativa (66 anos). Este seria o caso do General Carvalho, atual Chefe do Estado Maior do Exército. Portanto, sua saída da função e da ativa das FFAA já estaria mesmo prevista para o meio do ano.


Sendo assim, estariam sendo abertas as vagas de Chefe do Estado Maior de Defesa e a de Comandante do COTER (Comando Operacional Terrestre), ambas devendo ser ocupadas por generais de quatro estrelas mais antigos – a primeira, pelo mais antigo deles, e a segunda pelo quatro estrelas com mais experiência de combate e que já tivesse passado pela chefia de um Comando Militar de Área. Justamente o perfil do General Heleno. Será que será dele essa vaga? Além disso, novos generais quatro estrelas, recém promovidos, precisam ocupar comandos militares de área que, naturalmente, precisam estar desocupados.


Quanto à transferência do Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Leste (Rio e Minas), se acontecesse, estaria dentro da previsibilidade, pois o General Madureira já estaria na função há quase dois anos.


Por enquanto, é isso o que temos de informação. Nada oficial.


Seguem algumas manifestações:


General Heleno - o Grande ‘Patriota’

Por Hiram Reis e Silva

Coronel de engenharia

(professor do Colégio Militar de Porto Alegre)


A política indigenista está dissociada da história brasileira e tem de ser revista urgentemente. Não sou contra os órgãos do setor. Quero me associar para rever uma política que não deu certo; é só ir lá para ver que é lamentável, para não dizer caótica.”
(General de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira)

O General de Exército Augusto Heleno Ribeiro Pereira, ex-Comandante Militar da Amazônia é um oficial tríplice coroado, que significa, ter se classificado em primeiro lugar de sua turma na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO) e na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME), uma prerrogativa rara, alcançada apenas por aqueles que possuem uma inteligência privilegiada.

O general foi Assessor Parlamentar e chefe do Centro de Comunicação Social do Exército (CComSEx), angariando, graças à sua conduta afável e franca, o respeito e estima de parlamentares e jornalistas, foi ainda o chefe do gabinete do Comandante do Exército e primeiro comandante da Força de Paz da ONU no Haiti, onde passou 15 meses combatendo gangues na linha frente, realizando operações, bem sucedidas, para eliminar o crime organizado no pequeno país caribenho.

- A Entrevista

No domingo, dia 06 de abril, o programa ‘Canal Livre’, da Rede Bandeirantes, entrevistou o Comandante Militar da Amazônia.

“O general Augusto Heleno, que comanda a Amazônia e conhece profundamente a sua desprezada realidade, deixou os seminários (ontem esteve participando de um no Clube Militar) e foi para a televisão, assombrando a todos pelo conhecimento pessoal e o desconhecimento de muitas autoridades”. (Tribuna 18/04/08 - Helio Fernandes)

Exército na Amazônia: “Temos um efetivo de 25 mil militares e basicamente duas estratégias: a presença, com 28 organizações militares, e a dissuasão, baseada na nossa capacidade de combate e intervenção. Temos o melhor combatente de selva do mundo. Nossos soldados e cabos são locais e totalmente adaptados. A selva só é aliada de quem a conhece bem. Para quem não é íntimo pode haver surpresas desagradáveis”.

Fronteira: “São 11,5 mil quilômetros, quase cinco vezes a fronteira do México com os Estados Unidos e com características de selva em grande parte dela. Thomas Shannon (secretário assistente de Estado norte-americano) admitiu que nem mesmo eles conseguem controlar totalmente a fronteira. Isso com toda a tecnologia e meios que têm (...) Para nós é muito difícil, mas hoje temos um sistema de vigilância bastante efetivo e nossas organizações estão nas calhas dos principais rios penetrantes. Do ponto de vista militar é eficiente. Do ponto de vista do controle de tráfico e entrada de armas temos de melhorar muito”.

Efetivo: “Todo mundo sempre quer mais homens, mas hoje essa não é a prioridade. Não adianta aumentar o efetivo e agravar os problemas. Na selva, isso significa servidão logística, custa caro. Aspiramos a equipamento modernizado e meios de transporte com agilidade e flexibilidade compatíveis com a Amazônia. O que queremos, o mais rápido possível, é que as promessas de reaparelhamento sejam cumpridas”.

Equipamento: “Temos alguns pontos que merecem consideração. Nosso fuzil é de 1964. Temos deficiência de energia e sérios problemas de transporte. Há pelotões que não têm luz e outros que não têm água potável”.

Internacionalização: “Há, sim, e acho que isso tem que ser levado a sério. Há hoje uma teoria intervencionista que justifica certas ações pelo mundo. É preciso atenção. Ainda somos bastante precários em termos de conhecimento de potencial da Amazônia. A sociedade precisa escolher entre o desenvolvimento sustentável ou um crescimento aleatório em que o ilícito é comum e admitido”.

Organizações não-governamentais: “Muitas fazem um trabalho muito meritório e importante, mas há também várias que são organizações de fachada, de gente que não tem nenhum compromisso com o Brasil. Elas são organizações que substituem o Estado. Diante da potencialidade da Amazônia, causa estranheza o número de ONGs na região. Se alguma ONG começa a questionar presença das Forças Armadas e pregar a exclusão de alguns territórios do país, é problema nosso”.

Indígenas: “É o maior problema da Amazônia. Não há uma unidade de pensamento. As opiniões e doutrinas são as mais diversas possíveis. É algo que também precisa ser tratado com muita urgência”.

Política Indigenista “A política indigenista está dissociada da história brasileira e tem de ser revista urgentemente. Não sou contra os órgãos do setor. Quero me associar para rever uma política que não deu certo; é só ir lá para ver que é lamentável, para não dizer caótica.”

Esquerda Escocesa “Até porque não sou da esquerda escocesa que, atrás de um copo de uísque 12 anos, aqui sentado na Avenida Atlântica, resolve os problemas do Brasil inteiro. Eu não estou na esquerda escocesa. Eu estou lá. Já visitei mais de 15 comunidades indígenas. Estou vendo o problema do índio. Ninguém está me contando como é que é o índio, não estou vendo índio no cinema, não estou vendo índio no Globo Repórter. Estou vendo índio lá, na ponta da linha, e sofrendo com o que está acontecendo.”

- A vingança de Lula

Lula não perdoa quem o desafia, e destila seu revanchismo histórico contra o General que criticou sua política indigenista. O General Heleno será exonerado do Comando Militar da Amazônia e deverá assumir uma função burocrática no Ministério da Defesa, em Brasília. A ação torpe e vingativa do ministro da Defesa, Nelson Jobim, obedecendo às ordens de Lula, foi tomada na calada da noite como são normalmente tomadas as decisões dos vendilhões da pátria e atinge em cheio o General brasileiro que tem, hoje, a maior experiência em combate.

O próximo da lista deve ser o comandante da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, sediada em Boa Vista, general de brigada Eliéser Girão Monteiro Filho, que recebeu, no auditório do 7º BIS, manifestantes, liderados pelo deputado Márcio Junqueira que protestavam repudiando as ações da Polícia Federal, do presidente Lula e do ministro da Justiça, Tarso Genro.

Aproveitando o lançamento do Plano Amazônia Sustentável, dia 8 de maio, Lula elogiou o “patriotismo dos índios” afirmando: “Quem é que um dia ousou dizer que nossos índios faziam o país correr o risco de perder sua soberania porque estão em lugares muitos deles fronteiriços com o Brasil? É só ir a São Gabriel da Cachoeira (AM) que a gente vai perceber que grande parte dos militares são índios que estão vestindo a roupa verde e amarela das nossas Forças Armadas”.

- Forjando um Mito

O resultado de mais este imbróglio governamental foi a apresentação à nação brasileira da figura irretocável de um verdadeiro Patriota. O General Heleno, carismático, chefe e líder é o amálgama que falta para unir a Nação e as Forças Armadas e talvez, por isso, o medo do planalto. Presidente, chefes se impõem, mas os líderes são escolhidos por seus valores morais. O senhor pode exonerar o chefe, mas não o líder. Para a nação brasileira o General Heleno agrega, sob sua figura, àqueles que foram talhados e forjados no dever, na honra, na dignidade e no patriotismo, coisas que o senhor e sua camarilha desconhecem.

- Conclusão

O Exército Brasileiro, senhor presidente, não serve a governos e sim ao Estado, segundo prescreve a Constituição da República. Talvez o senhor e alguns e dos seus ministros tenham se identificado com o que o general classificou de a “esquerda escocesa” e por isso sua revolta. A verdade incomoda, senhor presidente, e a figura altaneira e cheia de virtudes do General Heleno, certamente, intimidaram seus Ministros de Estado, membros do primeiro escalão do Governo e Congressistas envolvidos em inúmeros casos de corrupção. Curiosamente, senhor presidente, estes foram defendidos, publicamente, por vossa excelência e quando o general Heleno declara publicamente aquilo que todos sabem, o senhor e seus seguidores consideram isto um ato de indisciplina.

A Nação gostaria de saber, senhor presidente, porque todos estes corruptos, os bandidos do MST, LCD e tantos outros são ouvidos e tratados pelo senhor com tanta cortesia enquanto os membros das Forças Armadas são tratados com descaso e revanchismo?



TROCA DE OPINIÕES:



Caro H.,



A grandeza das ações humanas se mede pela inspiração que as fez nascer (esqueci o nome do autor). Vc propõe um gesto que, aparentemente, seria de grandeza, porém, tratar-se-ia, a meu ver, de abdicar, verbo inaplicável aos militares. Não fomos ensinados a abdicar, saída honrosa dos políticos mal sucedidos; aprendemos, por outro lado, que ordem errada não se cumpre, e que, quando isso ocorre, a insubordinação torna-se necessária.

E quem é o comandante-supremo das FF AA, a quem devemos, teoricamente, subordinação ?

É público e notório, no Brasil e no mundo, que se trata de um ébrio contumaz, corrupto e corruptor, semi-analfabeto, que, por ação e omissão (ou melhor, conivência) vem conduzindo o país no rumo da desagregação interna e da perda da soberania.

Não é preciso ser doutor em Geopolítica para perceber que a situação mundial é gravíssima no campo militar. Neste último sábado um desfile em Moscou surpreendeu a todos com a mostra, evidentemente proposital, de um imenso arsenal de ogivas nucleares para emprego tático e intercontinental. A tropa russa desfilou (acredito que, em número de soldados, deve ter batido o recorde do Guiness Book) com notável garbo, lembrando a poderosa Whermatch. Só os ingênuos não perceberam que se trata de um recado do general Wladimir Putin ao mundo: a "Guerra Fria" vai recomeçar.

Veja algumas coincidências, bastante sugestiva, com o caso brasileiro: Mikhail Gorbatchev (nosso FHC), com sua desastrada Perstroika implodiu a URSS, restando a Rússia sem os países satélites (FHC entregou nossas estatais aos estrangeiros, iniciou o desmonte das FF AA e deu continuidade à criação das reservas indígenas); Boris Ieltsin, um ébrio contumaz (o lulla brasileiro), desorganizou o Estado russo e praticamente aniquilou suas FF AA.

Entretanto, as coincidências com o caso brasileiro acabam aí. Sucedeu a Ieltsin o general Wladimir Putin, hoje considerado pelo povo Russo o salvador da pátria, tanto assim que elegeu o atual presidente e se tornou seu primeiro ministro. Ambos mostravam-se orgulhosos, no palanque, assistindo ao desfile militar.

E o que tem isso a ver com o Brasil ?

Tem tudo a ver !. O palco está preparado para que a Rússia passe a exercer influência militar e política, marcantes, sobre a América Latina (exceto México, por ser o quintal dos EUA). Brasil, Venezuela, Equador, Bolívia, Argentina, Chile, Uruguai (e, brevemente, o Paraguai), são governados por comunistóides prontos para transformarem seus países em satélites russos. O que foram fazer nesse país, recentemente, em missão oficial, Nelson Jobin, o general genérico, e Mangabeira Unger, o brasilianist de Harvard que chefia a Sealopra ? Um agente idiota foi tomar conta do outro, como nas comédias que satirizam a Cia.

O que fará o " Império ", assim chamados os EUA pelos asseclas desses govenantes comunistóides ? É claro que não aceitará pacificamente um desembarque de tropas russas no cone sul. Isto aqui tende a tornar-se um novo Oriente Médio.

É elementar, meu caro Hetch, que a insubordinação militar constitui, face às circustâncias, um imperativo categórico. E em vez de nos apresentarmos presos, como vc sugere, creio que deveremos nos apresentar de armas na mão, como o fizeram nossos companheiros da reserva em 64, prontos para ombrear com os companheiros da ativa no restabelecimento da Lei e da Ordem no País.

E o povo, com certeza, aplaudir-nos-á, como o fez naquela época.



EXONERAÇÃO DO GENERAL HELENO


GRUPO INCONFIDÊNCIA


Corre na internet e em Brasília que o general Heleno,Comandante do CMA, será exonerado do Comando e designado para uma função burocrática.


Uma verdadeira traição aos maiores interesses da Nação Brasileira, perpetrada por aqueles que desejam implantar em nosso país um regime comunista, conforme preconizado pelo Foro de São Paulo, do qual o presidente Lula da Silva é um dos fundadores.


Considerando a repercussão das palestras apresentadas pelo general Heleno em defesa da Soberania Nacional e o apoio recebido das principais forças vivas da Nação, julgamos que, para impedir que tal fato se concretize, o Comandante do Exército não aceite, em hipótese alguma, a exoneração e que o mantenha no CMA.


Temos certeza,de que terá o apoio incondicional não só da Força Terrestre, como também, da Marinha e da Força Aérea, além da totalidade da sociedade brasileira pensante.


Solicito a urgente divulgação desta importante mensagem em defesa da nossa nacionalidade.

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