quinta-feira, 28 de agosto de 2008

TODO O DESCONHECIMENTO SERÁ PUNIDO...

Comentário deste site:

No pronunciamento feito por Olavo de Carvalho, em seu último programa no blog talk radio, que vai ao ar, todas as segundas-feiras, às 20 horas, pode-se verificar o resumo completo do ponto de nossa história em que nos encontramos. Quem quiser continuar 'enfiando a cabeça na terra', feito avestruz, e fingir que nada está acontecendo, enfeite-se com a braçadeira do 'EU SOU CÚMPLICE'. Quem não souber o que fazer, fique atento ao evento que será promovido por brsileiros que pretendem reagir, de algum modo, a essa realidade que nos aflige - vem aí o FORO DO BRASIL. Aguardem futuras informações e façam alguma coisa por vocês e por seus descendentes.

TODO O DESCONHECIMENTO SERÁ PUNIDO...

Leiam o artigo abaixo e ouçam TODO o programa de Olavo. Depois, divulguem...

Revanchismo coisa nenhuma

Olavo de Carvalho - filósofo

Opinião

JB, 21 Ago

Na mesma semana em que, pela primeira vez, a classe militar esboça uma reação coletiva à perseguição de seus membros acusados de tortura, o juiz Baltasar Garzón desembarca no Brasil, anunciando que vai puni-los se o governo local não o fizer, e dois porta-vozes da ONU aparecem nos jornais, pontificando que "está mais do que na hora de o Brasil enfrentar esse assunto da anistia".

Está mais do que na hora, digo eu, é de os nossos militares entenderem que as tentativas de rever a Lei da Anistia não são mero "revanchismo" e sim uma vasta operação internacional, montada com todos os requintes do planejamento racional, da execução cuidadosa e do timing preciso, para quebrar a espinha das Forças Armadas latino-americanas e obrigá-las a escolher entre colocar-se a serviço da estratégia esquerdista continental ou perecer de morte desonrosa. A astúcia com que o governo brasileiro pulou fora de um confronto direto com os oficiais reunidos no Clube Militar, deixando a parte suja do serviço para seus aliados estrangeiros que, com sincronismo admirável, se ofereciam para a tarefa, é mais do que suficiente para ilustrar o que digo.

O tratamento dado a essas notícias, pela mídia nacional, também não é mera coincidência e sim um componente vital da trama. Um despacho da Agência Estado, reproduzido por toda parte, apresenta os dois homens da ONU como "peritos". O termo visa a dar ares de isenção científica ao que dizem contra a Lei da Anistia, mas para que esse engodo funcione é preciso sonegar ao leitor, como de fato os jornais sonegaram, qualquer informação substantiva sobre o curriculum vitae dos entrevistados.

O primeiro, Miguel Alfonso Martinez, foi nomeado para a Comissão de Direitos Humanos da ONU por Fidel Castro em pessoa, o que significa que está lá para encobrir os crimes da ditadura cubana sob uma cortina de acusações a governos bem mais inofensivos. O segundo, Jean Ziegler, suíço, entrou na mesma comissão em abril deste ano, sob os protestos de mais de 20 países, que não gostaram de ver nesse cargo um notório amigo e protetor de ditadores truculentos como Robert Mugabe, do Zimbábue; Muamar Khadafi, da Líbia; Mengistu Haile Mariam, da Etiópia, e o próprio Fidel Castro. Ziegler criou mesmo o "Prêmio Muamar Khadafi de Direitos Humanos", que soa mais ou menos como "Prêmio Mensalão de Ética e Transparência".

Se o leitor soubesse dessas coisas, entenderia que os dois patetas falam, apenas, na condição de paus-mandados do comunismo internacional, e que ao apresentá-los como "peritos", sem mais, a mídia nacional desempenha papel exatamente igual ao deles.

Mesmo o sr. Baltasar Garzón, por trás de sua fachada de campeão dos direitos humanos, permanece um desconhecido para a multidão dos brasileiros. Em 2001, ele recebeu um vasto dossiê contra Fidel Castro, mas respondeu que nada faria a respeito porque seu tribunal não tem jurisdição sobre governantes em exercício. O critério jurídico aí subentendido já é por si uma monstruosidade abjeta, pois significa que, para escapar ao senso justiceiro do sr. Garzón, tudo o que um ditador tem de fazer é permanecer no governo até a morte, em vez de devolver o poder ao povo como fez o general Pinochet.

O caso torna-se ainda mais escandaloso porque Fidel Castro agradeceu, publicamente, ao juiz, a gentileza da sua reação e porque anos depois, quando Castro apeou do poder, Garzón não deu o menor sinal de perceber que ele tinha ipso facto caído sob a sua jurisdição.

Da minha parte, não tenho a menor dúvida de que essas pomposas iniciativas contra violadores de direitos humanos, sempre unilaterais e escancaradamente alheias ao senso das proporções, que é a essência mesma da justiça, têm no fundo um único objetivo: acostumar a população mundial à idéia de que assassinatos em massa são um direito inalienável e até um dever moral dos ditadores de esquerda, ao passo que qualquer violência incomparavelmente menor praticada contra comunistas é um crime hediondo cujo autor deve ser exposto à execração universal.

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